1ª dia de trabalho:
Lá vou eu, no meu Batmobile (o carro novo), feliz e sorridente, a caminho do Monte do Estoril.
Nada me pode correr mal! I'm the queen of the World!!!
Começo logo por apanhar 1 hora de fila, porque o trânsito está impossível devido a um acidente na marginal.
Um pouco menos sorridente, chego ao local, começo às voltinhas com o carro curiosa para ver a tal Clínica (vocês sabem, a gémea das Clínicas Malo), e eis que dou de caras com uma mini-porta acompanhada de uma mini-montra, um mini-toldo (e mais à frente veremos que a condizer há uma mini-recepcionista).
Perante toda aquela "ostentação", perco o resto do meu contentamento, mas (persistente) vou na minha batalha de procurar um lugar para o Batmobile. Tendo em conta que está tudo cheio, resolvo enfiar-me numa rua estreitinha e bastante íngreme, onde espero encontrar um lugar.
Subo cerca de 100 metros, até chegar ao fim da rua (sem saída), não restando outro remédio senão fazer inversão de marcha numa estrada cuja largura é, possivelmente, 2 metros.
Inicio do Inferno:
Ao fim de 12 manobras, já me doem os braços e as costas (o que começa a desvalorizar seriamente o meu trabalho como massagista), resolvo descansar um pouco os braços (e o pé do travão) e deixo o carro descair em direcção a uma vala, ficando com as duas rodas de trás suspensas no ar e com as rodas da frente (ainda) na estrada, enquanto o Batmobile oscilava preso no chassis (qual filme de acção do Wesley Snipes).
No pânico tento sair dali (pela janela) mas não consigo, grito um bocado (só um bocadinho), choro bastante, e, ligo para o meu pai em pranto a gritar que estou a cair num abismo(?), algures no Estoril.
O meu pai (esse autêntico herói) confuso, pois não sabia da existência de abismos no Estoril, mas cheio de boa vontade, diz-me para ter calma, larga tudo e vem a correr salvar a sua princesa.
Entre derrapagens, prantos e balanços, lá consigo tirar o carro do "abismo", ficando com 2/3 dos pneus (novos) agarrados ao alcatrão, e, com as embaladeiras (novas) dentro da vala.
Saio com o Batmobile a alta velocidade daquela rua (como que a fugir da estrada do inferno), aos gritos (para espantar os espíritos); na fuga levo o espelho lateral de um carro que está estacionado em cima da curva (o que me faz gritar um pouco mais alto), até que volto à praceta no Monte do Estoril onde encontro um lugar e estaciono finalmente!
Ligo para o meu pai, e digo-lhe que já não é preciso vir porque já consegui tirar o carro. O meu pai (esse Batman cheio de paciência que tenta sobreviver numa casa dominada por mulheres menstruadas), agradece-me muito e, entre 4 ou 5 caralhadas, diz-me que, por minha causa, está preso na pu** da fila da marginal.
Numa tentativa inglória de me recompor, pego numas toalhitas que tinha no porta-luvas, sem perceber que eram as de limpar o tablier, e limpo a maquilhagem esborratada da cara,ficando com um pivete de óleo de cedro com pinho.
Respiro fundo e lá vou eu dar uma massagem na tal Clínica.
Começo logo por apanhar 1 hora de fila, porque o trânsito está impossível devido a um acidente na marginal.
Um pouco menos sorridente, chego ao local, começo às voltinhas com o carro curiosa para ver a tal Clínica (vocês sabem, a gémea das Clínicas Malo), e eis que dou de caras com uma mini-porta acompanhada de uma mini-montra, um mini-toldo (e mais à frente veremos que a condizer há uma mini-recepcionista).
Perante toda aquela "ostentação", perco o resto do meu contentamento, mas (persistente) vou na minha batalha de procurar um lugar para o Batmobile. Tendo em conta que está tudo cheio, resolvo enfiar-me numa rua estreitinha e bastante íngreme, onde espero encontrar um lugar.
Subo cerca de 100 metros, até chegar ao fim da rua (sem saída), não restando outro remédio senão fazer inversão de marcha numa estrada cuja largura é, possivelmente, 2 metros.
Inicio do Inferno:
Ao fim de 12 manobras, já me doem os braços e as costas (o que começa a desvalorizar seriamente o meu trabalho como massagista), resolvo descansar um pouco os braços (e o pé do travão) e deixo o carro descair em direcção a uma vala, ficando com as duas rodas de trás suspensas no ar e com as rodas da frente (ainda) na estrada, enquanto o Batmobile oscilava preso no chassis (qual filme de acção do Wesley Snipes).
No pânico tento sair dali (pela janela) mas não consigo, grito um bocado (só um bocadinho), choro bastante, e, ligo para o meu pai em pranto a gritar que estou a cair num abismo(?), algures no Estoril.
O meu pai (esse autêntico herói) confuso, pois não sabia da existência de abismos no Estoril, mas cheio de boa vontade, diz-me para ter calma, larga tudo e vem a correr salvar a sua princesa.
Entre derrapagens, prantos e balanços, lá consigo tirar o carro do "abismo", ficando com 2/3 dos pneus (novos) agarrados ao alcatrão, e, com as embaladeiras (novas) dentro da vala.
Saio com o Batmobile a alta velocidade daquela rua (como que a fugir da estrada do inferno), aos gritos (para espantar os espíritos); na fuga levo o espelho lateral de um carro que está estacionado em cima da curva (o que me faz gritar um pouco mais alto), até que volto à praceta no Monte do Estoril onde encontro um lugar e estaciono finalmente!
Ligo para o meu pai, e digo-lhe que já não é preciso vir porque já consegui tirar o carro. O meu pai (esse Batman cheio de paciência que tenta sobreviver numa casa dominada por mulheres menstruadas), agradece-me muito e, entre 4 ou 5 caralhadas, diz-me que, por minha causa, está preso na pu** da fila da marginal.
Numa tentativa inglória de me recompor, pego numas toalhitas que tinha no porta-luvas, sem perceber que eram as de limpar o tablier, e limpo a maquilhagem esborratada da cara,ficando com um pivete de óleo de cedro com pinho.
Respiro fundo e lá vou eu dar uma massagem na tal Clínica.